terça-feira, 18 de maio de 2010

Maracatu Nação Elefante


Maria Júlia do Nascimento, a Dona Santa, a mais conhecida rainha dos maracatus recifenses, nasceu no dia 25 de março de 1877, no pátio de Santa Cruz, no Recife, Pernambuco.

Antes de ser rainha do Maracatu Elefante onde ficou famosa, Dona Santa ou Santinha participou de congadas (dança de origem africana), das troças carnavalescas Verdureira e Miçangueira, foi rainha do Maracatu Leão Coroado e fundou a Troça Carnavalesca Mista Rei dos Ciganos, que se transformou depois no Maracatu Porto Rico do Oriente.

Filha e neta de africanos, tinha no sangue o ritmo da zabumba e do "baque virado" do maracatu.

Quando era rainha do Leão Coroado, casou-se com João Vitorino, abdicando do trono depois que seu marido foi escolhido para reinar no Maracatu Elefante, fundado, segundo várias fontes, em 1880.Dona Santa foi rainha do Maracatu Elefante durante dezesseis anos, período em que a agremiação teve seu maior destaque. Ao ficar viúva, assumiu sua direção, porém só foi coroada no dia 27 de fevereiro de 1947. O Elefante se apresentava na segunda-feira de carnaval. Dona Santa desfilava com um vestido à moda européia do século XIX, feito de seda, veludo, cetim, bordado com lantejoulas, miçangas e fios dourados. Levava um espadim de metal com o qual abençoava seus “súditos”, além de cetro, coroa, capa de gola alta, sapatos de salto fino, brincos, anéis, pulseiras e broches. Suas cores preferidas eram o amarelo, azul, branco e verde.

Nação do Maracatu Leão Coroado

Um dos poucos grupos que mantêm vivas a tradição e a religiosidade do maracatu de baque virado no estado de Pernambuco, o Nação Leão Coroado considera como data oficial de sua criação o dia 8 de dezembro de 1863, que figura no seu estandarte, embora haja a hipótese que ele já existisse em 1852. É o maracatu mais antigo sem interrupção de atividade desde a sua fundação. O dia 8 de dezembro tem grande significação para os seus integrantes. É o dia em que se comemora as festas de Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, para os católicos, e dia de Iemanjá, para o culto nagô. Assim como existe a dúvida quanto à data de fundação, há muitas coisas sobre a história do Leão Coroado, como dos maracatus em geral, que ainda não foram bem esclarecidas.Por ser um folguedo de escravos, que eram analfabetos, não há registros documentais. A preservação da sua tradição deve-se, principalmente, à história oral. Uma das figuras mais marcantes na história do Leão Coroado foi o oluô Luís de França, que assumiu a liderança do maracatu fundado por seu pai, um ex-escravo africano, por volta do ano de 1954.

Mestre Luís, como era conhecido, nasceu na rua da Guia, bairro do Recife, em 1901. Cresceu no bairro de São José, onde aconteciam cultos africanos e freqüentava terreiros de candomblé, como o de Pai Adão, em Água Fria. Seus pais de santo foram Eustachio Gomes de Almeida e Dona Santa.

Nação do Maractu Encanto do Pina


Nação do Maracatu Encanto do Pina, fundado em 03 de Março de 1980, pela Yalorixá Maria José da Silva conhecida por Mãe Maria de Sônia, filha de Santo de Eldes Chagas Babalorixá na época rei da Nação do Maracatu Porto Rico.

A Nação do maracatu Encanto do Pina É atualmente uma das mais importantes Nações de maracatu de baque virado, consciente de sua responsabilidade religiosa sócio-cultural desde sua fundação vem abrilhantando o carnaval de Pernambuco.

Atualmente dirigido por Sr. Manuel Candido Cavalcante presidente conhecido por Marcelo filho de Dona Maria de Quixaba e neto de Sr Eldes Chagas, Sr Manuel Candido Babalorixá a mais de 35 anos Ex-diretor de batuque da nação porto rico, assumiu a Nação encanto do pina em 2001

Sua líder espiritual Mãe Maria de Quixaba (sacerdotisa) do “ Ylê de Oxum Deym” (casa do Orixá oxum) estabelecido no bairro do Pina, na cidade do Recife-PE.

Maracatu Nação Porto Rico

O Maracatu Porto Rico tem um histórico de resistência, de idas e vindas, surgimento e desaparecimentos sucessivos, até chegar ao apogeu de sua contemporaneidade. Sua fundação oficial em livro de registro data de 1916, na cidade de Palmares/PE, desenvolvendo-se lá por vários anos.Por falta de incentivo, a Nação entrou em declínio, reaparecendo sob a tutela de “Zé da Ferida” em Recife, no bairro de Água Fria. Entra em declínio novamente na década de 50, com a repressão às manifestações afro-brasileiras e, após a morte do mestre, o maracatu foi recolhido para o museu. Apenas no final dos anos 60 o maracatu Porto Rico foi resgatado e voltou às ruas de Recife.Reinaugurado com o nome de Porto Rico do Oriente em 1967, no bairro do Pina, com o coroado mestre e Babalorixá José Eudes Chagas e o apoio de Luiz de França e Veludinho (o mais antigo batuqueiro de maracatu de Recife), venceu o carnaval de rua de Recife no ano seguinte, na categoria de maracatu-nação, com todo seu esplendor, quando trazia em seu desfile uma réplica da caravela Santa Maria, iluminada por dentro e rolando sob rodas de bicicleta, recebida de presente de um artesão da comunidade do Pina.

Maracatu Estrela Brilhante do Recife

O Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife foi fundado em 1910 por ex-escravos. Naquela época, além dos batuqueiros só existiam as Catirinas, que representam os Com o passar do tempo foram instituidos o Rei e a Rainha e as Damas de Passo, que carregam as bonecas: Joventina e Erundina.